sábado, 30 de agosto de 2008

Toda-poderosa

Há certas regras imprescindíveis para a felicidade das sociedades around the world que Deus nem pensou em criar e que, portanto, o homem deveria faze-lo. E se o homem nem Deus quisessem, que eu fizesse uma ditadura divina e as implantasse. Lógico, pelo bem da humanidade, já que essa não sabe(ria) decidir por si só.

A primeira delas seria o comunismo. Não o comunismo político/econômico/social, como muitos já pensaram e tentaram fazer; mas um comunismo totalmente revolucionário e inédito (ou não): o da beleza feminina. Todas as mulheres deveriam seguir um padrão de beleza; não haveria nem uma lindíssima e nem uma feíssima, e a normalidade seria determinada pela primeira mulher existente. Então, nada mais óbvio do que sermos todas horrorosas, se lembrarmos que a primeira não era algo muito diferente de um macaco. Mas, como seria padrão, os homens se acostumariam e nós também, além de sermos todas taxadas de bonitas, uma vez que os nossos olhos se acostumassem e fossem vencidos pelo cansaço e pelo conformismo. A diferenciação, nesse caso, seria totalmente ligada à personalidade; quem gostasse mais de cabelos curtos, usaria, quem preferisse roupas pretas, quem raspasse mais os pêlos pelo corpo, quem furasse a orelha, quem fizesse uma tatuagem ou piercing, etc etc etc.

A segunda seria a inviabilidade de acordar cedo em dias chuvosos e cinzas. Não aqueles sol-e-chuva-casamento-de-viúva, mas aqueles outros (como esse) que fazem seu cérebro traduzir, através da luz que entra pelas frestas da janela, que são 5h da manhã, embora já sejam 9h. E, para que isso acontecesse, em cada cidade deveria haver uma central clima/tempo superluperhiperliper avançada tecnologicamente, que preveria com cinco dias de antecedência tais dias. Assim, os comércios, as escolas, enfim, tudo, poderia se programar como se programa um feriado; horário de levantar: meio dia.

Outras, embora não menos importantes, seriam pequenas leis contra a lei de Murphy, e é aí que entra uma antiga propaganda (genial, por sinal) de alguma operadora telefônica: Biscoitos e pães não cairiam com a parte da manteiga virada pra baixo, estrias só dariam nas paredes, os carros diminuiriam de acordo com o tamanho das vagas que ainda sobrassem nas ruas; existiria uma bebida que deixaria todo mundo muito louco, e com gostinho de Coca-Cola (e SÓ de Coca-Cola, sem aquele fundinho de álcool) variando nos sabores lemon, light, zero e normal; a dona do Sex Shop mais perto não conheceria sua mãe, tampouco as vendedoras. Também não conheceriam a sua mãe o carinha da farmácia onde você costuma comprar a camisinha mais barata, nem o professor que te reprovou no semestre passado. Toda casa deveria ter um quartinho dos fundos em que não desse pra ver, pelo lado de fora, o que estava acontecendo lá dentro, mas que lá dentro pudessem ver o que se passava pelo lado de fora. As roupas não rasgariam ou manchariam; vestibular seria, somente, um nome vulgar para um chapéu seletor, que te mandaria instantaneamente para o curso e a faculdade em que você melhor se desenvolveria.

Os críticos talvez reclamassem em uníssono; multidões insurgiriam, iradas, promovendo passeatas e distribuindo panfletos impiedosamente, contra a minha tão perfeita ditadura. E, a mim, já maltrapilha, restaria apenas um consolo; la unanimidad eres burra!

5 comentários:

Guilherme Costa disse...

amei "sociedades around the world"... alias... misturar inglês e português é o máximo...

amo demais...

não concordo com a padronização do visual... acho q ela jah existe... e odeio o fato de existir... fico vendo lah no trampo... ateh seis meses atrás, o q se veste agora [a saber, as roupas estilinho indie] era considerado underground e logo cafona, horrivel e indigno... ae, de repente, td mundo tah usando o q era despresado e dizendo q eh o máximo... e os indies q corram atrás de outra moda... isso pq eu moro no interior... o q na pratica quer dizer q tanto o mainstream qto o underground da moda taum mega atrasados... imagina como eh em São Paulo...

mas enfim... naum concordo com a padronização mais por um bom motivo... a menina dos meus olhos eh uma menina das "modificadas"... naum gostaria de ver ela forçada a se vestir como os outros... e amo ela assim msm...

jah em relação aos dias chuvosos eu concordo... acho q dias chuvosos saum dias pra dormir o qto se quiser... e qdo levantar se escrever... produzir algo q a tua emoção, impulsionada pelo ambiente criado pelo tempo, urge por expressão... amo dias chuvosos pq saum dias de inspiração...

alias... acho q concordo com td o resto... realmente concordo com o q naum discordo... ^^

mas calma... se o mundo te rejeitasse eu te ajudava... maltrapilha vc naum ficaria naum... eu te comprava umas roupas dignas de ti... ^^

sou teu humilde fan... ^^

beijo

Natália Kleinsorgen disse...

Discordo de um monte de coisas. Resultado: eu estaria no meio da multidão gritando contra a sua toda-poderosa ditadura, enquanto O homem cego aí em cima estaria do seu lado, talvez como seu braço direito, ambos falando frases meio em inglês meio em português HAIUHAUIHAIUAHIA.
Você revoluciona a partir do momento que atua sobre o conceito de comunismo transformando o que muitos morrem defendendo em egoísmo(que existe hoje, certo? Você se inspirou em alguma coisa...). Quando eu comecei a ler cheguei a levar um susto! Quase achei que tu já tinha começado a mudar antes de entrar pra faculdade HAUAHUA.

Beijos, prima. Você é linda, cara. E apesar das suas roupinhas indie, tem muito estilo e personalidades (todas elas juntas num só ser).

Unknown disse...

Talvez ele concorde comigo justamente porque é cego. (x
E eu ficaria feliz se ele fosse
meu braço direito!

Nat, isso foi uma parada
pra descontrair; eu mesma
discordo de milcoisas.
E as minhas roupas são
MUITO lindas.
oidfugoidufgodiufog =D

Guilherme disse...

Odeio comunismo e comunistas de qualquer forma! Ia me juntar com a Nat e fazer um atentado.

E viva o individualismo!

HAUSHUaushHAUSUhaushUASHA

Obs: e suas roupas neeem são lindas.
AUHSUhasHASHHaushuAHUSHAS

Jota Gê disse...

Sempre incisiva nos seus textos, hein?
Escreve tão bem, que às vezes consegue me convencer.

huauauhauhauha